Sabe-se que o desenvolvimento industrial e o avanço do capitalismo criou uma sociedade de consumo que usufruiu dos recursos naturais de forma indiscriminada. Mas, será que estamos evoluindo para uma sociedade sustentável que leva em consideração questões socioambientais?
É fato que estamos vivendo um período onde o termo “sustentabilidade” está em voga, porém, o problema é que as discussões sobre este assunto parecem superar as práticas.
Uma prova disso são as conferências anuais que tem como objetivo debater sobre a temática e firmar tratados internacionais, contudo, os resultados são acordos sendo descumpridos e postergados.
Um bom exemplo é o Protocolo de Quioto que estipulou metas para a redução dos gases do efeito estufa até 2012, mas não obteve sucesso. O Acordo de Paris também é outro que fez aniversário, mas não viu certas metas sendo cumpridas por parte de alguns países, como o Brasil.
Na verdade, pior do que não cumprir metas é retroceder. Além de ter aumentado a emissão de gases poluentes, a Amazônia está sendo desmatada em um ritmo acelerado. As atuais promessas feitas pelo Ministro do Meio Ambiente tem datas para serem cumpridas em 2060. Será que a gente chega até lá?
Nós já estamos enfrentando problemas que são consequências das mudanças climáticas que só tendem a se agravar. Por isso, instaurarmos e fortalecermos uma sociedade sustentável nunca foi tão necessário. Esse é o tema do artigo de hoje!
Boa leitura!
A importância do estilo de vida de uma sociedade sustentável
Segundo o sexto relatório emitido em 2022 pelo IPCC (Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a transformação dos hábitos e comportamentos da sociedade são essenciais para amenizarmos a problemática ambiental.
Reavaliar os padrões de consumo e adotar práticas sustentáveis podem ajudar a reduzir significativamente a emissão de gases poluentes. Confira algumas medidas que você já pode começar a incluir no seu dia a dia:
Fazer uma dieta vegetariana alguns dias da semana;
Optar pelo transporte público, quando possível;
Caminhar ou pedalar, quando o trajeto for de curta distância;
Reutilizar produtos ou descartá-los de forma adequada;
Praticar o consumo consciente avaliando sua real necessidade ao comprar;
Optar por aparelhos e eletrodomésticos com baixo consumo de energia;
Comprar alimentos orgânicos estimulando a economia local e a agricultura familiar;
Estimular e apoiar empresas e ongs que trabalham pela restauração ambiental;
Sabemos que os governos, indústrias e grandes corporações têm um imenso poder sobre os fatores que influenciam as mudanças climáticas. Mas, não podemos desqualificar o grande impacto positivo que uma sociedade pode promover com a união das ações individuais.
Uma sociedade sustentável promove uma economia circular
Uma sociedade sustentável não nada contra a maré do desenvolvimento. Na verdade, ela propõe uma nova forma de crescimento que é pautada em uma economia circular.
Em uma modelo econômico tradicional vemos processos lineares que se iniciam com a extração de recursos e finalizam com o descarte dos mesmos. O resultado disso é uma escassez de matéria-prima e a produção de toneladas de lixo.
Contudo, o desenvolvimento sustentável propõe uma economia cíclica onde os recursos extraídos não são simplesmente descartados, mas sim reciclados e reutilizados.
Para isso, são necessários modelos de negócios que priorizam a otimização de seus processos de produção e optam por utilizar materiais que causam menos impacto para o meio ambiente.
Empresas que praticam o upcycling são um excelente exemplo, pois elas transformam de forma criativa o que muitos consideram lixo, em um novo produto!
Além disso, a perspectiva de visar somente o retorno financeiro não se encaixa no desenvolvimento sustentável, que busca alcançar o tripé da sustentabilidade: pessoas, planeta e lucro.
Empresas que possuem esses pilares e constroem um sistema viável, ecológico e socialmente justo, se encaixam nos critérios do ESG (Environmental, Social and Governance).
ESG: o que significa e qual a sua relevância?
A ONU (Organização das Nações Unidas) possui uma iniciativa conhecida como Pacto Global, que tem como finalidade incentivar instituições a adotarem uma política que preze por questões sociais e ambientais.
Em um dos relatórios do Pacto Global foi utilizado a sigla ESG para representar os princípios que uma empresa deve incorporar para tornar seu sistema sustentável. Mas, que princípios são estes?
A letra “E” refere-se ao conceito de Environmental (Ambiental) e diz respeito às ações tomadas por uma corporação para preservar a natureza e reduzir seus impactos ambientais.
Já a letra “S” se refere ao termo Social (Social) e concerne às responsabilidades e cumprimento das leis trabalhistas, direitos humanos, questões de gênero…
Por último, a letra G representa o conceito de Governance (Governança) e está relacionado à questões políticas e administrativas da empresa, que deve seguir uma conduta ética e fiscalizar práticas criminosas como assédio, corrupção…
Esta sigla passou a ser uma forma de se referir a empresas que têm responsabilidade socioambiental e estão encaminhando nossa sociedade para um desenvolvimento sustentável.
Além disso, o fato de ser ESG está se tornando um critério importante no mundo dos investimentos. Isso contribui para que mais entidades busquem meios para se enquadrar nos princípios da sustentabilidade.
Quando mudamos os valores em níveis coletivos conseguimos alcançar verdadeiras transformações. E, para mantermos nosso planeta habitável por mais tempo, precisamos de mudanças urgentes!
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